Meu Mele, meu Pam, minha estrelinha

Bom, vamos lá. Eu tô devendo uma homenagem pro meu Mele, meu Pam, meu anjinho ranzinza laranjudo, e agora acho que meu coração já tá um pouquiiiiinho mais calmo pra eu conseguir falar dele sem ter uma síncope de saudades. Bom, ou não, vamos ver, já tô chorando. Inspira, expira, respira, Cristine. Ele se foi velhinho, viveu muito bem esses 19 anos, você fez de tudo por ele, ele será pra sempre seu amor.

Já deu pra ver como eu tô, né? Desse jeito, às vezes morrendo, às vezes mais tranquila, sempre saudosa, rindo e chorando. Vocês sabem, meu Mele era meu Mele, meu Mele é meu Mele, é a razão de eu ser hoje em dia assim tão apaixonada por meles (eheehe, tô emmelezando todo o texto, né? É, essa sou eu, melezenta). Mas eu faria tudo de novo, faço tudo de novo pelo Pingo (vulgo Bili, novo apelido) e farei tudo de novo para um próximo amor que aparecer na nossa vida. Eu e Gabi, meu marido, estamos esperando o gatinho certo pra adotar.

Mas é isso que acontece, né, gente? Não tem amor sem sofrer. E com animaizinhos então nem se fala. Quase certo que eles se vão antes da gente… E não tem como. A gente sofre, a gente tem saudade, a gente quer trazer de volta. Mas não dá. O negócio é lembrar do Pam daquele jeito doido, faminto, das patinhas mais pedintes do mundo, do olhar mais profundo, dos pelos mais emaranhados, dos bigodes mais compridos, do fuço mais geladinho, do cheirinho mais cheiroso, principalmente em cima do olhinho, do ronrom mais gostoso na hora do cheirinho…

Como eu já falei, a velhice felina é difícil para grande parte dos gatos, e com o Pam não foi diferente. Mas acredito que o sofrimento de verdade veio no último dia, quando eu senti que ele tinha dor, então aí não tem jeito. O amor de mãe pede pra que você deixe ele ir, e assim foi, via eutanásia. Triste? Demais, o dia mais triste da minha vida (lado a lado com o dia que perdi minha melhor amiga), mas a melhor decisão que se pode tomar.

Eu não quero discorrer muito sobre a doença renal, os últimos dias, etc. Falei um pouco da doença no blog Saúde do meu Pet, se quiserem dar uma lida. Essas coisas eu vivi foi uma dor só minha, cada um sente do seu jeito e lida da sua forma. Não acho que eu precise disseminar isso pra vocês, porque o que vale são os dias que a gente passa com eles, o amor que eles dão pra gente, que a gente dá, que a gente conquista, que a gente absorve, que a gente espalha. É isso que fica, o resto é resto e é só uma vírgula no meio de tudo isso.

Meu Mele é uma parte de mim, ele vive em mim. Pra sempre.  E isso vale tanto…

(É só isso que consigo escrever por agora, e só essas fotos que consigo postar porque não quero ficar vendo tantas fotos do meu amor ainda…).

1Comment
  • Raquel
    Posted at 13:58h, 18 setembro

    Ele era muito lindo! Mas vale a pena ter passar por tudo isso só pra ter o privilégio de tê-los ao nosso lado!

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