O valor de um gato

Nada de Di Cavalcanti e Guignard. O que realmente entristeceu o marchand e colecionador Jean Boghici em um incêndio que atingiu seu duplex na segunda-feira, no Rio de Janeiro, não foram as obras perdidas, mas sim, a morte da sua gatinha Pretinha. Em uma entrevista concedida por ele na calçada do prédio onde morava, ele disse “Não quero saber de quadro. Meu gato morreu. Isso é o que me dói”. É triste. Mas ao mesmo tempo, é legal perceber que, mesmo sabendo da fortuna que ele perdeu com os quadros (não somente financeira, mas todo aquele papo do valor artístico bla bla bla), mais valor ele dava pra gatinha. Não deveria ser um grande destaque, porque eu acho muito óbvio que a gente dê mais valor pros nossos “filhos” do que pra qualquer objeto valioso. Mas, né, a gente sabe que muita gente não é assim.
Meus pêsames, seu Boghici.

Jean Boghici, em foto de Leo Pinheiro, de O Globo, em 2003

A matéria toda está aqui, no site do Estadão.

UPDATE: Na Folha de ontem, diz que foram dois gatos mortos no incêncio, a Pretinha e o Meu Amor. E o casal tinha mais 12 gatos (!!!!!) e foram todos salvos, além de dois cachorros.

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